Wednesday, April 07, 2010

Cunhal

MANIFESTO PRÓ-JOÃO FRANCISCO CUNHAL: Aborrecido seja o patifão que anda entretido a piratear e a maltratar as ocorrências de factos vitais do meu prezado compincha. Que de uma forma ronceira e dolorosa arda no Inferno a besta – humana, animalesca, benfiquista – que apresentou a Cunhal a sua última glória: o martírio. Alguém quer calar o Cunhal. Porquê? Ninguém sabe. Cunha incomoda.E onde ele vai, incomoda. Quem? sugiro a questão. Ninguém sabe, ninguém diz. Mas a intrepidez do meu camarada persistiu, agarrado ao leme da vida, não se deixou, e depois de tremer uma catrefada de vezes, ligou-me e expirou-me de uma forma muito veemente: Eu vou! Desta, eu vou e não reclames. È este martírio, que Cunha foi sujeito por todos os malandros que têm feito dele um indivíduo que no gozo dos seus direitos civis e políticos, não tem vivido num estado livre. Um bem-haja à liberdade.

Ele prometeu-me em tom não-indulgente que nenhum ser neste planeta do pecado o conseguirá ler, sem que os seus olhos se encham de agua, dor. “Caríssimo Francisco, desdora-me se algum dia, não lutar pela causa mais nobre, que se não a honra de um cavalheiro. Um, dois, três ou mais.. eles que venham, mas que ergam a sua espada e combatam como homens asseados. Não será por esta via que acabam comigo. “Acabam”, disse ele. O sujeito de tamanhas obscenidades permanece inalterado ou não identificado, mas agora temos um plural. Já não é a besta: são as bestas. Ah, perniciosa colmeia. Quem serão estes meninos? os Portistas? os Sociais-democratas?, os próprios Comunas? (...) a malta do tiro? Será que tamanho desgosto pelo bem alheio se proporcionou em preces e actos bruxedos contra a sua pessoa?

Só me apetece sair à rua e gritar: "Deixem jogar o Cunha"; "Calar o Cunha só por cima do meu cadáver". Perder o Cunha, a sua vivência(pós-eramus, certamente) seria, para nós seguidores da fé cristã, pecadores do mal, seres do século XXI, perder o contacto com a santidade.

O Cunha não erra, porque para errar teria de ser humano.
O Cunha não deixa créditos por mãos alheias.
O Cunha cheira cobiçosamente bem das virilhas.
o Cunha nu é belíssimo.
O Cunha provoca êxtase nas pessoas quando fala: uns gostam muito do que ele diz; outros gostam um pouco mais.
O Cunha já era superlativo, antes do absoluto sintético.

Cunha neste momento faz a viagem Bolonha-Milão, enquanto muitos bons homens atormentam esfalfadamente com o trabalho, outros descansam, uma minoria fazem desporto, até mesmo uma quantidade indefinida mas não grande, se depilam. Mas Cunha executa-o com toda a burocracia que o gesto requer, nem mais nem menos do que um homem que trabalha doze horas por dia.
Há quem diga que o Cunha possa ser uma pessoa muito premeditada, visto os azares da sua vida. Outra fatia do bolo, acusa-o de histeria em contornos futebolísticos. O que vocês não reparam, é na simplicidade e automação dos seus gestos de carácter bondoso.È verdade que Cunha dá cordas ao destino da sua vida, da forma mais eximia que any ser humano conseguiria dar, podendo-se dizer que uma maquina poderia guiar o Cunha pela sua automatização supracitada. Eu não concordo. Não creio que uma maquina conseguisse guia-lo tão automaticamente.

Benvenuto a Milano Cunha.

Saturday, March 13, 2010

A 13 de Maio, na cova iria...

A treze de Maio na cova a iria,
Será que apareceu mesmo a Virgem Maria?

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Com tanto sítio para aparecer, fez o seu ninho como uma ave
Não é que a maluca apareceu em cima da árvore

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Da idealizada azinheira diz-se que a virgem falou,
Docemente aos pastorinhos murmurou um Alô.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Continuando a falar, cercada de luz,
Visitem a Maria a mãe de Jesus.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Fátima, desculpa-me. Estas um pouco desactualizada,
Não sabes em que ano estamos? Estas mesmo baralhada.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

A mãe vem pedir constante oração,
Pois só de Jesus nos vem a salvação.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Nisso estas certa, melhor que ninguém
Vivemos em crise, nada esta bem

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

O engraçadinho, é de onde esta crise advém
Segredo vou te contar Fátima, vem da malta de Belém

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Pastorinhos notaram, que a deixaram confusa
Fátima já não sabia nada, parecia uma dona obtusa

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Um mais um, aqui na terra são dois
Vivemos num país, governado por bois

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Jesus nasceu em Belém, como é que isso pode ser?
È so uma metáfora, para te fazer perceber

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Se o mundo quiserdes da guerra livrar,

Fazei penitência de tanto pecar.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

A virgem esta-vos a mandar o terço rezar,
A fim de alcançarem da guerra o findar.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Ah ah ah ah, o que é que andaste a fumar?
Isto já não vai la, nem que passasse 100 anos a rezar.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Este mundo esta perdido, começou ela a chorar
Não há nada que possamos fazer, para a realidade remendar?

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

A título de exemplo, eu passo a explicar
Quando te contar, nem vais acreditar

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

À liderança do PSD, três nomes de petisco
Coelho, branco e castanha, ahahah só visto

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Só mais uma coisa, o Francisco ditou
Ao site da AR foi, mas o PEC não encontrou

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Portugal esta de rastos, outra arvore devias escolher
Verao na Australia, está quente a valer

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

A única solução, já é so chamar o boda
Rezar por rezar, o resto que se….(despareceu a luz).


Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Friday, March 12, 2010

Portugal

O nosso Portugal está em crise. A união europeia está em crise. Talvez a primeira premissa só seja verdadeira única e exclusivamente porque a segunda existe, caso contrário estaríamos melhor que nunca (?!). Como foi divulgado há uns dias, uma eventual intervenção europeia para restaurar a confiança na economia portuguesa custaria cerca de 30 mil milhões de euros, segundo uma estimativa BNP Paribas. A grande e impertinente questão que se faz aqui é e passo a citar: como usaríamos nós esse dinheiro limpinho? Que até para o Sr.Bill Gates seria uma grande massa. Já sei, siga recorrer uma alusão satírica para elucidar o nosso povo e principalmente a peble (essa espécie…) do que seria feito com o dinheiro? Siga.

(Na rua da Imprensa à Estrela, 4 - 1200-888 Lisboa.. o telefone tocou)

-Tou.
-Então, daqui Barroso..
-Oh Durex, faz tempo pa. Qé feito de ti meu mandrião.
-Epa não me chames isso, que isto pode estar sob escuta.
-Então diz la o que tu queres oh Zé Manel.
-Obelá, poracaso não estas interessado em 30mil milhões de euros? (fez-se silêncio…)Então, tas-me a ouvir Zé Socas?
-Isso é muita massa, não é?
-Claro que é, imagina tu que até dava para restabelecer a economia portuguesa da crise.
-Ena pa, a sério? Então é mesmo muita massa.
-Meu stripper, pegar ou largar
-Mas este dinheiro não tem nada a ver com a madeira, não vou ter que financiar os estragos pois não?
-Claro que não, esse dinheiro não é prioritário.. só vai no Outono.
-Há bom, assim falamos a mesma língua.
-Vá tenho assuntos importantes a tratar, que eu não tenho a tua vida..
(risos de ambas as partes…)
-Muito boa essa, vai la.


Saiu-me a sorte grande, pensou Socrates. Nem queria acreditar. O que iria fazer ele com tanto dinheiro? Preocupadíssimo não dormiu nas 48horas que se seguiram, não bebeu café, não atendeu chamadas, não jogou Tetris… só magicando o que iria fazer ele com esse dinheiro todo. Já estava exausto de tanto matutar até que como todos os génios da história, uma luzinha alumiou-se por cima da sua cabecinha… “È isso, já sei! Vou criar uma comissão para concluir todas as maneiras possíveis de gastar essa massa” Entre outras maneiras pesquisadas prontamente no Google, verificou que daria para comprar 69 tanques de guerra, 47000 mil t2 virados para a praia de Matosinhos, 100000 programas do “ídolos”, 50 milhões de máquinas de lavar e à volta de 30mil milhões de cafés. Mas isto foi uma pesquisa feita meramente a titulo de brincadeira, porque as duas questões fundamentais que se puseram foram: è muito dinheiro e vou ter de criar mais uma comissão mas com mais membros para se fazer uma avaliação mais rigorosa e abrangente.

Era necessário saber quanto mais membros seria composta a segunda comissão de avaliação, coisa que a primeira não soube responder. Entao José decidiu criar uma subcomissão para ver se realmente a primeira comissão estaria a desempenhar as suas funções de maneira correcta e outra comissão para decidir quantos mais membros seriao adicionados à segunda comissão.

Fez-se luz. Após duas semanas de voltas e reviravoltas, foi encontrada a primeira conclusão: é necessário um Mac book pro e um Audi A5 por cada membro da comissão e das comissões posteriores de jeito a permitir uma maior eficiência na comunicação entre si e nas suas deslocações necessárias à pratica de um bom serviço. Na segunda comissão também foi encontrada uma conclusão: deveria ser aumentada a comissão de 1 a 6 membros para aumentar a eficácia desta mesmo. Foi então que mais uma vez Socas através do seu magnificente cérebro, elaborou uma ideia: “Siga lançar um dado, e o número que calhar será o número de membros a ingressar na comissao”. Mas quem irá lançar o dado, cogitou ele. Teria de ser alguém altamente qualificado e sério para não haver possibilidade do governo ser acusado de competência ou mesmo por corrupção. Como ninguém, nem mesmo Sócrates era um entendido em dados, sentiu-se a necessidade de criar 3 novas comissões: a primeira iria decidir quem iria lançar o dado; a segunda ira procurar o dado perfeito sem cessar; enquanto a terceira se encarregaria de avaliar o grau de viciação do dado. Como paredes têm ouvidos e os passarinhos sabem falar, depressa a notícia chegou ao ouvido de um velho colega de “escola” de Sócrates… Signore Berlusconi. Este querendo ajudar a pavorosa empreitada do seu amigo Socas, sugeriu-lhe um laçador de dados profissional, desenvolvido pela Itália no inicio do séc XXI, sabe-se la para que. Prontamento aceitou, e quando confrontado sobre o valor avultado da sua compra de 5milhões de euros, respondeu: “Temos que ter em conta que é o melhor lançador de dados que há”.

Após uma semana, Sócas criou uma comité de festas para organizar um evento festivo para o lançamento do dado de modo averiguar qual iria ser o número de membros a ingressar na comissão supracitada. Fez-se uma grande festa, honras de estado, homenagens desportivas, ranchos folclóricos e mesmo um concerto dos U2. Não era razão para fazer por menos. À hora da cinderela, foi lançado o dado sobre grande entusiasmo calhando o número 4. Aparentemente estava tudo bem, até que a comissão de viciação descobriu uma trapaça na configuração do lançador. Foi feita uma nova cerimónia, ainda mais pomposa onde à mesma hora da última foi lançado o dado. Calhou o número 4 outra vez, sem nada a relatar. Não houve qualquer detecção de fraude.

Ao passar os olhos pela situação, o presidente teve as suas dúvidas e tomou as devidas providências: enviar a proposta para o Tribunal Constitucional. A proposta foi considerada inconstitucional. Socas mais uma vez, esfregou as mãos e tirou da cartola mais um grupo para avaliar o nível de constitucionalidade ponto a ponto da matéria em causa. Criou-se também uma comissão para garantir que não havia qualquer na interpretação da constituição, e havendo já comissões a mais, criou-se outra comissão de avaliação das restas comissões de avaliação.

Ao fim de 6 meses, a primeira comissão chegou a uma avaliação final: havia 209567 maneiras de desbastar os fundos propostos pela união europeia. Isto deixou o primeiro-ministro um bocado confuso, decidindo criar uma comissão de filtragem sobre as maneiras criativas e produtivas ao gasto dos fundos europeus. Claro que foi também criado a respectiva comissão de avaliação desta ultima comissão. Com esta nova filtragem, chegou um número mais preponderante à sua decisão, 56899 maneiras.
Depois de mais 4 prolongados meses, e após muitas reuniões nos mais distintos locais, possibilitando a estimulação do cérebro como casinos, bares, bordeis, etc… As demais comissões chegaram em uníssono à conclusão que deveriam ser investidos os 30mil milhões de euros na Saúde, Educação, Tecnologia e Ciência com o objectivo de progredir na média da União Europeia (Com esta apanharam-me).

Depois de aprovada a media em todas as comissões e subcomissões de avaliação, na AR e mesmo até no Tribunal Constitucional… surgiu o seguinte dúvida: depois de tanta medida a tomar, tanta comissão, tanta subcomissão, tantos computadores, tantos audis, máquinas de café, banquetes, e as cerimónias relativas ao lançamento do dado, os 30mil melhoes de euros ficaram reduzidos a uns míseros 2€10…o que deixou Socas bastante confuso. Dando conta que já não haveria fundos para criar uma comissão para ajudar a decidir o que fazer com tão pouco dinheiro, foi então que chegou a um verdadeiro dilema: um lanche misto ou dois kinders bueno? Era certo e sabido que já não havia dinheiro para mais comissões, então só havia uma solução, e Sócrates sabia disso…Um referendo!

Foi formulada a seguinte questão ao povo Português: “ de forma a despender os fundos comunitários fornecidos pela EU, que género alimentício deve o nosso Sr.Primeiro-ministro consumir?” Prontamente formaram-se os movimentos neo-kindeanos, vistos por toda gente por um ajuntamento ousado e audaz, chegando a ser mesmo olhados de lado. Foram demais as tentativas de (ex)terminação deste grupo por parte dos sindicatos do diabete. Por outro lado, foi-se formado u movimento novo de apoio ao lanche misto. Era um movimento jovem, ambicioso mas profundamente realista. Foi uma campanha e peras, nunca se consumiu tanto kinder e lanche misto na história da confeitaria nacional.

Lanche misto ou kinder? Quem ganhou? O que interessa isso.. vai ficar ao critério do leitor(sim, porque se chegaste ate aqui neste texto, és automaticamente considerado leitor). O único ponto relevante deste texto é como foi aproveitada a “grande massa” injectada pela União Europeia. È por estas e por outras que estamos no cu do mundo, nunca vamos ousar sair da cauda da Europa. È pedir muito, principalmente ao nosso Sr.Primeiro-ministro que sejamos ao menos um cu limpinho? Ou mesmo uma cauda “cabana”?

Claro que este texto não passa de uma suposição, mas vale a pena ressaltar todas e quaisquer semelhanças com a realidade. Meras coincidências da realidade? Fruto da imaginação do autor ou do leitor?

Friday, December 18, 2009

Oh Natal, volta la..

Milheiros de luzes acesas
Resplandecem a noite fria
Empanando as tristezas
Por uma noite de alegria

Nem tudo tem que ser fugaz
Nem tudo tem que acabar bem
Espírito de Natal
Paz sem desdém

Antes as estrelas chegavam
Chegavam para iluminar o céu
Os meus strippers cantavam
Assim não havia bréu

Noites sem fim
A beber para esquecer
Milão, Lisboa, Porto, Coimbra..
Que se trame, e onde tiver que ser

Desde então tudo mudou
Tudo é mais artificial
Até neve se inventou
Para fingir que é Natal

Acabaram-se as aulas
Vamos todos curtir
Mas natal, não e tempo para passar-mos com as famílias?
Caga nisso Xico, uma seta e depois sair

Há que comprar
Há que oferecer
Um quito stressante
Mas “dar para receber”

Jingle bells, jingle que?
Opa, esse já não “jingla” mais
Mas eu sempre ouvi essa música
Em todos os meus Natais

Vai ali ao Norte Shopping
Que pode ser que haja espírito de Natal na montra
Feito parvo fui eu
Esgotadinho, já não se encontra

Mãe, que se passa com o Natal?
Tempos bons, era algo tão sólido
Oh filho, então não sabes que estamos em crise?
Esta mais escasso que o petróleo

Fogo pa
Tenho tantas saudades
Curtia bues do natal
Era uma das minhas verdades

Vêm aí os exames
É tempo de estudar
E a passagem de ano?
Onde é que vamos passar?

Vens comigo para Madrid
Diz-me o panuca do rinie
Anda la xico
Vai ser bueda quinie

Tenho lá as minhas miúdas
Vai ser muito fixe
Mas oh Ricardo..
E o estudo que se lixe?

Então puto, sais hoje em Coimbra?
Indagou-me o Map com entusiasmo
Porque? O que se passa?
O costa e o cunha chegaram de erasmus

Esta tudo maluco
Tenho tanto que estudar
Ai Meu santo imaculado Jesus
Vou desesperar

Este meus amigos
É o novo Natal
Onde tudo se abstrai
Onde tudo esta mal

Oh Xico, é século XXI
é Natal dos tempos modernos
Que viva o Pai Natal!
(e Jesus?)




Jesus para os Infernos!

Monday, December 03, 2007

Código Da Vinci

O Código Da Vinci é um romance policial do escritor Dan Brown, publicado em 2003 causando polémica ao questionar a divindade de Jesus Cristo (best-seller mundial tendo vendido já mais de 60milhoes de copias). Eu talvez devido á minha mandriice literária, dei me á leitura do romance á apenas 1 mês (2007). Um assunto que devido ás divergências opinativas suscita sempre discussão entre a malta (ainda esta sexta gerou uma fraca troca de argumentos, talvez pelo silêncio em que nos tinhamos de permanecer, num local cuja a citação após umas boas litradas de sangueria foi “Em Coimbra, tudo é fado”- é o que consta), vou lançar o tema e legitimar a minha opinião.

Ao contrário do que provavelmente possa parecer, frequentei um colégio católico tendo sido educado de uma forma cristã. Fui baptizado, fiz a primeira comunhão e fiz a profissão de fé. Ainda me lembro perfeitamente das palavras do bispo após a profissão de fé: "Agora estão cheios do Espírito Santo". Realmente estava, não me designei sequer a ser crismado. Isto não porque alguma vez me opus aos ideais cristãos, mas sim por pertinácia. Alguma vez deixei de respeitar as rezas e preces que me foram impingidas como meio de comunicação com o Senhor, mas que não me fascinava era verdade. Agora sim, algo que me fascinava era a mensagem de Deus, de Cristo (“Perdoa os teus inimigos”; “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”; “O reino dos céus é dos pobres, ricos de espírito e não dos ricos, que são pobres de espírito"). Infelizmente a igreja hoje em dia não transparece a ideia que eu tinha de Jesus ter nascido num palheiro, entre a vaca e o burro, rodeados por José e Maria. Mas isso já é fugir ao tema, o que faria alongar este texto numa infinidade de linhas.

Quando saiu este romance, o próprio autor sabia que ia gerar polémica entre o Vaticano e todas as entidades relacionadas com tal. Porque é que a igreja continua a repugnar este livro se é (isto segundo eles) apenas ficção? Bem, algo a igreja faz os possíveis para esconder dos seus fiéis, só falta saber qual a parte ou se mesmo toda a parte do romance é verdadeira? Uma coisa eu sei, numa sociedade aberta e justa como a nossa, porque não se pune a igreja por tentar difamar o escritor Dan Brown? È que o índex já la vais meus amigos. Agora deparamo-nos com a questão fulcral do impacto do livro na congregação Cristã: Deixaremos de acreditar em Cristo só porque ele foi casado com Maria Madalena? Não foi essa a mensagem que Jesus nos deixou. Na minha opinião resta-nos talvez aceitar a existência de 2 Jesus. O da Fé que é impossível contestar e o histórico que por muito que se queira, provavelmente nunca saberemos a verdadeira história seja ela qual for. Papa, meio Papa, Celibatário, meio celibatário, Divino, meio Divino e meio Homem ou apenas um Homem. Para quem tem fé nada disto importa e não é o Código da Vinci que vai abalar a sua fé lá porque ela se baseia na imagem de Jesus e Deus e não na Instituição que é a Igreja e que afinal subsiste, há 1300 anos, colocando toda a sua verdadeira historia à sombra e alterando-a sempre para tornar convalescente em seu benefício. Temos o exemplo de Maria madalena, que durante anos e anos foi referida pela igreja como prostituta.

Uma notinha: Se formos a ver bem, a melhor publicidade ao livro e ao filme foi levada a cabo pela própria Igreja, a custo zero para o autor. Dan deve estar bem agradecido.

Não te envergonhes de dizer a verdade, quando se trata da tua alma.”

Thursday, November 29, 2007

thats life..

No meu caminho do dia-a-dia, dou comigo na corrente duma gente que se arrasta. Pelo túnel do metro, no meio da confusão vejo toda essa multidão que faz o dia-a-dia sem destino. Muito poucos elementos dessa massa imprevisível de pessoas (aka multidão) têm um destino, que não seja o das suas casas, o das compras, o de um pouco de diversão com os amigos, poucos têm intrínsecos neles um objectivo de vida, um sonho, algo por que valha mesmo a pena lutar. Têm um emprego que vai dando para suportar as despesas do quotidiano, quiçá a passeata ao Domingo, quiçá o almoço fora ao fim-de-semana, mas muitos daqueles que sonhavam ser super-heróis, astronautas, marinheiros, futebolistas…olhem para eles de braços cruzados, vendo a vida passar-lhes lenta e custosamente ao lado. E esses são os que sonharam alguma coisa na vida, pois há aqueles que nunca sonharam ser alguém, viveram desde crianças com o simples intuito de ir vivendo, de ir fazendo a vida, com aquela expressão muito portuguesinha "cá se vai andando...”.

Esses putos, que cresceram sem se ver, bastou pô-los em frente da televisão, em dois anos ou menos, saltam da fantasia do Disney Channel ou do Canal Panda, para a vida da noite. Passam dos chocolates e das gomas para o maço de tabaquito e para o shots. Passam do mais leve para o mais pesado. E temos essas pessoas, esses que deveriam ser os Homens de amanhã, mergulhados no vício, com o corpo, o cérebro e a personalidade destruídas. E tudo, só porque queriam experimentar, porque queriam ser os mais cool daquela festa. Álcool, drogas, sexo, juntas desencadeiam um misto de acontecimentos francamente perigosos aos quais a nossa mente não é suficientemente inteligente para controlar. E depois queixam-se que estão grávidas aos 13, 14,15,16, e 17 anos. Por uma noite inteira de prazer lixaram toda uma vida cheia de sonhos, projectos para um futuro perfeito. (ou então não se tivermos em conta que muitos “deixam se andar”). È a juventude que vive só para as compras e para serem o(a)s mais cool, e não têm um projecto de vida, algo pelo que lutar... É uma geração que tem tudo o que quer e nunca precisou de lutar por nada, sem ambição, talvez por isso e talvez até aos dias de hoje única, geração rasca. Ler o Record e a Bola, comentar Hi5´s e Fotologs de miúdas, jogar poker e outros jogos on-line(upz, afinal é mais um vício), é o diligente passar das vidas destes jovens. Projectos? Os pais que os façam. Parece ser uma juventude algo desinteressada, algo indiferente ao que se passa, mas é de facto o que se passa. Quantos da minha idade estão interessados se está o Sócrates no governo ou outro ladrão, quantos desses jovens sabem de facto, a importância do 25 de Abril, quanto mais quem foi Salazar ou Álvaro Cunhal? Se souberem que o Fcp vai afrente e mandar umas postas sobre o deplorável estado de Portugal, já se acham com QI superior á média.
Sim, pareço uma velhota de sessenta e tal anos no cházinho das 17horas, mas em muito do que diz, tem muita razão.
Deixou de haver uma procura duma mulher para a vida, dum emprego para a vida, de uma família para haver o imediato, o inconsequente e o descartável. È “amor descartável” , é o esbanjar do dinheiro numa noite em que os únicos dois acordes são o puntz e o puntz! Mas os pais pagam. Tanto pagam como negligenciam e depois vêem se avós de netos inesperados.
Em epítome, como da para ver há muito para mudar nesta geração maioritariamente rasca na qual eu e todos da minha idade nos inserimos. Acabou, não quero mais seguir na corrente desta gente que se arrasta neste mundo rotineiro.

ps:"sonho é quem comanda a vida"


by Joao.Ar.P

Thursday, June 14, 2007

Happyness

A felicidade exige valentia. Posso ter defeitos, viver sob o efeito de ansiedade,aborrecimento de vez em quanto, se nao muitas vezes, mas não esqueco que a minha vida é a maior empresa do Mundo, que a todo o custo tenho de evitar que ela vá a falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os obstáculos, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de se ser vìtima dos problemas, ser o autor da própria resolução. È de certa maneira estar perdido no deserto e fazer por encontrar o oasis. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos, è assumi los, é essencialmente demonstrá los, de preferência a uma velocidade não-exponencial, evitando overdoses sentimentais :] . É Tambem ter coragem para ouvir o "NÃO" por muito que possa custar, ainda mais se de dor da x pessoa. Felicidade é imaginar a felicidade na nossa mente, sonhar sem nunca tirar os pés da terra, senao a queda vai doer. È ter segurança para reconhecer uma crítica, mesmo que injusta. Citando agora FP : "PEDRAS NO CAMINHO? GUARDO TODAS, UM DIA VOU CONSTRUIR UM CASTELO..."